Se não acompanhar o comportamento digital do consumidor seu negócio pode morrer

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Uma pessoa em uma sala onde se é proibido usar o celular com certeza em algum momento irá burlar essa regra, deslizar a mão pelo bolso, ou bolsa e acessar o dispositivo para ver mensagens, ler e-mails ou visitar algum web site ou rede social. Essa cena lhe parece comum? Esse é o comportamento digital do consumidor moderno.

O smartphone, hoje, rouba a atenção de todo mundo. Se você é empreendedor, é obrigação ter a sua marca se relacionando com os clientes via celular. “Senão, seu negócio não existe.”

É o que diz Gary Vaynerchuk, 43 anos, um dos nomes mais importantes da área de marketing digital. O especialista – e também empreendedor – falou durante a 59a Convenção Anual da International Franchise Association, em Las Vegas.

Com muitos gestos e sem nenhum slide no telão do palco, Vay, como é conhecido, gosta de falar “a real” para seus espectadores. O especialista explicou que as pessoas, das mais diferentes idades, só dão atenção ao celular atualmente. É por lá que querem resolver tudo – isso inclui comprar comida, roupas, sapatos e qualquer outro tipo de produto e serviço.

“Se você é empreendedor e não aposta em conteúdo qualificado na web ou nas redes sociais, me desculpe, mas seu negócio tem grandes chances de quebrar”, diz. “A razão é simples: você está longe das pessoas e dando de ombros ao que elas mais gostam de fazer, que é passar o tempo nas redes sociais ou em apps do celular.”

Vay, que é origem russa, não diz isso à toa. Ele começou cedo na web, quando ainda ninguém acreditava no potencial das vendas online.

Em 1996, então um jovem na casa dos 20 anos, ele criou, contra a vontade do pai, um um e-commerce para o negócio de vinhos da família. A empreitada deu certo. A empresa, em cinco anos, pulou o faturamento de US$ 4 milhões para US$ 60 milhões.

“Meu pai, todo dia, ordenava para eu sair da frente do computador e ir ajudar na limpeza do negócio. Ele simplesmente não acreditava em vendas online”, diz. “Ainda bem que não o obedeci, senão não estaria aqui para contar essa história”.

Com o dinheiro, criou empresas de marketing digital na década passada e investiu, como anjo, em diversas startups, como Uber, Snapchat, Facebook, Twitter e Tumblr. “Essas empresas, ainda bem pequenas, encantavam milhares de pessoas. Por isso que coloquei dinheiro nelas”, diz.

Por essa razão, Vay, por mais de uma vez, pediu para os donos de franquias não ignorarem o cliente no mundo virtual. “Não importa a rede social. O que importa é onde eles estão. Se amanhã todo mundo sair do Facebook e Instagram, entenda o movimento e vá junto.”

Vay, por exemplo, disse que já há muita gente deixando o celular de lado e usando assistentes de voz, como a Alexa, da Amazon. “Em uma década, essa nova tecnologia estará em todo canto e comprando as mais diversas coisas para as pessoas”, afirma.

Na plateia, muita gente desconfia da afirmação de Vay. Então, ele deixa seu último recado. “Não adianta fugir. Sua marca tem pouco tempo para esse novo mundo. Corra!”

Abaixo, algumas dicas de Vay para não errar na estratégia de marketing digital.

Tenha histórias excepcionais

As histórias sobre seus serviços e produtos devem encantar. Produza um conteúdo informativo, engraçado e inspirador. Evite ficar falando de vendas o tempo todo. A ideia é que o cliente se identifique com seus valores.

Seja breve

Nada de fazer textos imensos. Os pequenos conteúdos são muito mais atraentes que os grandes. Nas mensagens, destaque os valores dos seus serviços e produtos.

Não seja intrusivo

Ser intrusivo não é algo necessariamente negativo. Pop-ups, comerciais e anúncios obrigatórios antes de vídeos cansam o consumidor. As pessoas dão valor ao tempo que têm e, frequentemente, pagam para não perdê-lo. Então, se você quer ser mesmo intrusivo em sua ação, precisa fazer isso de modo a não causar irritação ou gerar sentimentos negativos nas pessoas.

Tenha especialistas na sua equipe

Sua empresa precisa ser rápida para conquistar novos clientes e ganhar do concorrente. Então, tenha profissionais do setor e capazes de aprender novas tecnologias. Eles precisam praticar todas as formas de comunicação da internet e não ter uma mentalidade romântica sobre estratégias antigas e táticas que sempre funcionaram – o Facebook é um exemplo de rede social que muda o jeito de distribuir conteúdos pelo menos duas vezes por ano.

Fonte: Revista PEGN

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